quarta-feira, 28 de abril de 2010

A relação entre escolaridade e salário

Obviamente já esta bastante claro que trabalhadores mais escolarizados têm mais chance de obter um emprego em relação às pessoas com menos escolaridade, além de se reempregarem mais rapidamente, quando ficam desempregadas, por qualquer que seja a razão.

Algumas pesquisas afirmam que quando o jovem passa do ensino médio para o ensino superior, a taxa de empregabilidade sobe de 68% para 78% e ele tem um aumento de quase mil reais de salário. Contudo, esta pesquisa é relativa pois o mercado de trabalho esta cada vez mais exigente, porém, cada vez mais economista.

Na minha opinião os anúncios de empregos deveriam descrever as carácteristicas de seus futuros funcionários da seguinte forma: Procura-se jovem com ensino superior, vontade de aprender e pronto para "novos desafios" (para não dizer: "superar seus limites"). Agora vamos traduzir isso para uma linguagem mais informal: Procura-se jovem com boa saúde, disposto a fazer horas extras sem remuneração e que se contente com um salário médio inferior.

É claro que não é dificíl para o mercado de trabalho encontrar candidatos para estas vagas (que eu pessoalmente descreveria como "exploradoras"), afinal, todos que saem de uma faculdade ou curso técnico estão sempre em busca de um trabalho no qual eles possam exercer suas determinadas funções, pelas quais eles tanto se esforçaram para garanti-las em seus currículos, e certamente quando a opurtunidade aparecer, eles não a deixarão escapar, mesmo sabendo que terão que servir cafézinho para seus superiores, o que alias eles fazem com um sorriso (sinico) no rosto, pois eles sabem que todo mundo serve cafezinho um dia, e que agora é o momento deles, e acima de tudo sabem que se eles designarem bem a sua função dentro do mercado de trabalho, um dia alcançaram o grande sonho da sala própria e quem sabe até sentem em uma cadeira confortável.

Tudo bem, não seremos tão radicais, pois graças ao bom santo protetor dos estudantes e trabalhadores, ainda existem empresas que realmente valorizam os seus funcionários.
Voltando ao tema principal do texto, podemos compreender que o salário depende da escolaridade, que o cargo que um sujeito vai designar depende da escolaridade, que a empresa
vai seleciona-lo de acordo com a escolaridade que ele possue. Ou seja, um sujeito sem estudo não tem muitas chances de ter um bom salário, um sujeito sem estudo na maioria das
vezes não tem condições de ter uma vida digna diante da sociedade, que com sua vasta ignorância, ignora os ignorantes.

Fugindo mais uma vez do tema principal, eu não me contentaria em terminar este texto sem antes falar das pessoas com escolaridade inferior (já que eu me elevei falando das que
tem ensino superior). Imagine um jovem de uma família pobre, cujo seus pais são analfabetos e tem como profissão catar latinhas e papéis. Agora imagine que a mãe desta criança mesmo sendo "ignorante", sabe a importância dos estudos. Ela então matricula seu filho em uma escola pública próxima a sua residência, ou seja, uma escola pública em um ambiente carente. Seu filho a princípio se anima com a idéia de estudar, mas como em todas as escolas públicas (principalmente as em regiões mais carentes) as professoras são rudes com os alunos, faltam e aprensentam atestados, sem falar de quando simplesmente não existem professores de determinadas matérias. Certamente seu filho, assim com mais de 50% das crianças deste colégio desistiram de estudar antes mesmo de completar a 6ª série. Serão essas crianças que farão todo o serviço pesado e ganharam os menores salários. E a culpa é de quem? Dos pais analfabetos que não souberam educa-lo, do jovem que não aguentou até se formar ou do precário ensino que estado e município nos fornecem?

Não seria maravilhoso para o governo se mais da metade da população fosse ignorante? Assim, a população não teria conhecimento para impor seus direitos e os representantes de elevados cargos manteriam sempre seus salários altos enquanto roubam a reles população que já ganha uma miséria.

É, vendo assim, eu voto no precário ensino que o estado e municipio nos fornecem, como causador dos mais de 50% de desistencias nos estudos.

Enfim, agradeço pelos meus estudos, e por todos os jovens que não desistem só porque já desistiram deles.

Daniela S. Silveira

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