quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A Dor

Eu não sei se eu posso chamar de dor, meu coração parou, não, o mundo parou.  Eu não sei quanto tempo durou, talvez tenha sido cinco minutos, talvez apenas um instante. Eu não sei.
Quando eu finalmente voltei a mim, percebi que eu não respirava.  Puxei o ar com força e nesse momento meus olhos se encheram de lagrimas. Eu me neguei a deixa-las caírem. Você não merece minhas lágrimas.
Um turbilhão de lembranças e pensamentos invadiram minha cabeça, de maneira que por um momento, eu pensei que ia perder a lucidez. A náusea venho, eu pensei que não fosse aguentar. Tomei um copo de água de melissa enquanto tentava afastar tudo aquilo da minha cabeça. E eu resisti.
Ao contrário de como eu havia imaginado, eu não cai de joelhos, eu não arranquei meus cabelos e me unhei toda. Eu não corri para o banheiro para vomitar. Eu não me deitei no chão de tanto chorar. Eu não tentei o suicídio. O MEU MUNDO NÃO ACABOU!
Mas doeu. Foi como ser atropelada por um trêm, ou levar um tiro bem no coração. É tão rápido que você não tem reação, você só sente. Aquele infinito instante de pura dor.
Agradeço a Deus e a você por essa dor, obrigada. É essa dor que me fez forte. Agora eu sei que eu posso enfrentar qualquer coisa. Essa dor é o que vai me fazer levantar amanhã, e depois de amanhã, e depois... e depois.


“Esse é o problema da dor, ela precisa ser sentida.” – A Culpa É das Estrelas, John Green

Daniela S. Silveira